Crítica: SBT faz “velório” de Silvio Santos no tom certo

Imagem: Reprodução

Com o anúncio da morte de Silvio Santos divulgado no sábado (17) pelas redes sociais do SBT, se cogitou como seria levada a cobertura na emissora. Demorou mais de uma hora para a emissora entrar ao vivo, com o jornalismo, cobrindo o acontecimento histórico.

Ao longo do sábado, figuras emblemáticas da história de Silvio Santos e do SBT foram entrevistadas. Além disso, com o revezamento do jornalismo, foi dito declarações de personalidades públicas sobre aquele momento.

Mas a pergunta que ficou é: e o domingo? Celso Portiolli, achado de Silvio Santos, faria sete horas ao vivo? Patrícia Abravanel, filha que apresenta o programa com seu pai, comandaria seu programa?

O Brasil descobriu o que seria exibido no SBT apenas no dia.

A emissora ficou ao vivo por praticamente 24 horas, com breves pausas para homenagens gravadas. Às 11h da manhã, o Brasil se despediu de Silvio Santos. O Programa Silvio Santos começou com um Domingo no Parque, seguido de Pergunte a Maísa.

Após isso, foi exibido o último Qual é a Música? e Em Nome do Amor com participação de Roberto Carlos (de quem era muito fã). Por fim, foi exibido o primeiro encontro entre Silvio Santos e Celso Portiolli.

Após isso, por volta das 13h40 da tarde, Celso Portiolli aparece ao vivo – ficando assim por 5 horas, sem sair do palco. Irretocável e conseguindo se manter pouco emocionado, ele comprova que é o mais próximo que temos de um sucessor de Silvio Santos.

Com convidados emocionados e emocionantes, Celso conduziu a homenagem do Domingo Legal de um jeito gentil, emocionado e descontraído.

Por escolha de Silvio, não houve velório ao céu aberto. No lugar disso, foi realizado uma cerimônia judaica restrito a família e amigos. Apesar disso, houve um velório televisionado – e em pleno domingo. O Brasil chorou, riu e refletiu sobre a ausência de Silvio Santos entre nós e nos domingos.

No ar há mais de 60 anos, 84% da população brasileira nunca viveu um domingo com sua ausência. Precisávamos de um ciclo de passagem para a nova era da nossa televisão (e nossa vida). E isso foi feito com maestria pela bela homenagem feita pelo SBT e pela grande menção prometida e feita no domingo da Globo.

O tom emotivo do SBT é acertado, mas também há histórias inéditas e bastidores mencionados para entreter o público e trazer novas visões sobre Silvio Santos. Todo o tom existiu graças a Celso Portiolli, que teve forças inimagináveis para conseguir conduzir essa homenagem. E fez isso com a maestria de um gênio, se consolidando, aos poucos, como maior apresentador da TV brasileira da atualidade.


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