O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE -MG) aceitou denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL -MG) e três aliados, o deputado estadual Bruno Engler, a deputada Delegada Sheila e a candidata a vice Cláudia Romualdo, por supostamente disseminarem informações falsas contra o ex-prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições municipais de 2024.
Segundo a acusação, os denunciados usaram trechos descontextualizados do livro Cobiça, de autoria de Noman, para caracterizá-lo como apologista de crime hediondo. Também divulgaram, segundo o MP, informações falsas sobre a exposição de crianças a conteúdo impróprio em evento promovido pela prefeitura.
O Ministério Público classificou os fatos como crimes eleitorais de propagação de “fatos sabidamente inverídicos” e difamação com intuiço de influenciar o eleitorado. A acusação pede suspensão dos direitos políticos dos réus e pagamento de indenização por danos morais, que seria destinada a instituição de caridade, conforme desejo da família de Noman.
A decisão foi assinada pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, que determinou prazo de dez dias para apresentação de defesa.
Nikolas Ferreira reagiu à decisão nas redes sociais, classificando o processo como “perseguição política absurda”. Já Bruno Engler afirmou: “A acusação? ‘Fake News’ por divulgar trechos de um livro escrito pelo próprio Fuad Noman. Absurdo”. As defesas afirmaram que se manifestarão nos autos. As demais denunciadas ainda não comentaram oficialmente.
Quem é Fuad Noman?
Fuad Noman foi reeleito prefeito de Belo Horizonte em 2024, mas faleceu em março de 2025, após complicações de uma pneumonia. Sua família atua como testemunha de acusação no processo.
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