MPF pede condenação de Cocielo em processo por racismo

Cocielo

Foto: Reprodução/Redes Sociais


Em processo aberto, o Ministério Público Federal acusa o youtuber Cocielo de racismo em publicações feitas por ele entre 2011 e 2018 no Twitter. A entidade tenta enquadra-lo na lei 7.716/89, conhecida por “Lei do Racismo“.

Em uma de suas publicações, o comediante afirmou que “o Brasil seria mais bonito se não houvesse frescura com piadas racistas, mas, como é proibido, a única solução é exterminar os negros'”. Além disso, também postou que o atleta Mbappé “conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”.

Cocielo apagou ambas as publicações de seu perfil depois de receber uma enxurrada de críticas. Na ocasião, ele chegou a pedir desculpas afirmando que tinha familiares negros.

Na sequência, o MPF solicitou investigação do caso por racismo. A Justiça Federal aceitou, em dezembro de 2023, a denúncia que começou a tramitar em primeira instância. Se condenado, o youtuber pode sofrer cerca de 5 anos em pena. Ainda cabe recurso da defesa.

De acordo com a promotor de acusação do caso, João Paulo Lordelo, nos autos: “Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra.”

O que diz Julio Cocielo?

Durante o interrogatório, o comediante alegou que é afrodescendente e mencionou ter familiares negros. Além disso, a defesa argumentou que o comediante desfrutava de uma espécie de imunidade em relação às suas declarações, ressaltando que a rede social do réu era considerada seu “palco”.

O processo, atualmente em curso, aguardando a conclusão para prosseguir para julgamento.

O Portal Trend tenta contato com o advogado do influenciador, permanecendo aberto para divulgar uma declaração pública assim que for emitida.


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