O streamer Felps comentou sobre a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que restringe a publicidade de apostas esportivas no Brasil. Durante uma de suas lives, o criador de conteúdo apoiou a decisão, mas avaliou que as medidas são tardias e ainda insuficientes.
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“O mínimo, o miniminho que podia acontecer no Brasil é proibir propaganda de casa de aposta. É isso. Ponto final”, afirmou. “Como que você vai tratar isso como saúde pública se, ao mesmo tempo, tem um monte de influenciador falando o tempo todo: ‘aposta aqui, aposta ali’? Não dá.”
Felps comparou a medida à regulamentação da publicidade de cigarros, citando o impacto positivo da proibição das propagandas na redução do número de fumantes no país. Segundo ele, restringir a exposição é o primeiro passo para enfrentar o vício em apostas, que já causa danos graves à população mais vulnerável.
“Já tem gente se degradando, perdendo patrimônio, ficando doente psicologicamente, sendo vítima até de agiota”, desabafou. “A pessoa aposta achando que vai ganhar milhões, porque viu um influenciador ostentando carro importado e relógio caro em rede social.”
O streamer também criticou o foco exclusivo nos influenciadores digitais durante a CPI das apostas, cobrando a presença de representantes de clubes de futebol, emissoras e grandes portais.
“Não tem uma emissora chamada lá. Cadê alguém do marketing de TV? É só influenciador que vai?”, questionou. “Não dá pra resolver um problema tão complexo assim chamando só uma parte.”
Felps destacou que, embora o projeto traga avanços, ainda há muitas brechas. Entre elas, a possibilidade de casas de aposta continuarem com suas marcas estampadas em uniformes, estádios e eventos esportivos.
“Você tira da produção, tira do emprego e joga pro magnata. É dinheiro da população indo pra empresa que nem brasileira é. E o que volta? Só a publicidade, que paga milhões pra influencer”, disse. “Mas é aquilo: passo de formiguinha. Um mini passo. Um dedinho. Mas tá indo.”
O texto aprovado pelo Senado ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e pela sanção presidencial. Até lá, Felps promete continuar batendo na tecla da conscientização:
“Pelo menos entre nós, que estamos próximos, a gente consegue conversar, orientar, abrir o olho. Isso já é um começo.”
Veja a manifestação do influenciador:
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