Na próxima quinta-feira (21), chega aos cinemas “Nosso Sonho”, filme que conta a história de Claudinho e Buchecha. Qualquer criança dos anos 90 e 2000 tem a memória afetiva dos dois, principalmente se for do subúrbio carioca.
A dupla do morro do Salgueiro era vista, semanalmente, em programas de televisão dos mais diversos. Domingo Legal, Jô Soares Onze e Meia, Xuxa, Domingão do Faustão foram alguns dos lugares que a dupla pisou em seu auge.
Para quem não conhece a história da dupla ou não gosta de funk, é um ótimo filme de se assistir, ressaltando a amizade e a confiança de dois amigos com a força de vontade para mudar de vida.
Para quem conhece a história, você entra num túnel do tempo. Entre histórias dramáticas e momentos divertidos, você é imergido nos anos 90 de um jeito intenso durante as duas horas do filme.
Claudinho e Buchecha, interpretados brilhantemente por Lucas Penteado e Juan Paiva, trazem uma vibe Kenan & Kel interessante de se assistir. Alias, falando das atuações, todas são muito boas. Sem exceção. O filme tem maioria de figurantes e atores pretos e cenas como em bailes funk se tornam realista – pela qualidade dos envolvidos e pela realidade apresentada.
Esse é um tipo de filme que contará a história da nossa música para as futuras gerações, principalmente aos interessados no funk dos anos 90. As cenas músicas são bem feitas e dirigidas, assim como todo o filme. Cenas das músicas “Só Love” e “Conquista” são algumas das mais bem feitas.
Tragédias
O filme não poupa as tragédias das histórias de vida dos personagens. Claudinho, na vida real, morreu em 2002 após um acidente de carro aos 26 anos. E isso é retratado no filme, obviamente – mas de forma leve, porém dando seu peso a história.
Problemas de Buchecha com o pai alcoólatra são mostradas sem nenhum pudor, tendo uma das suas cenas mais fortes nos primeiros minutos de filme. A relação dos dois, na vida real, se tornou saudável no fim da vida de seu pai, que faleceu em 2010 após uma discussão num bar.
Além disso, há outras tragédias que são mostradas no filme de forma bem dirigida, não deixando que nada fique tão chocante.
O cuidado que a dupla tinha com o público infantil, o filme também teve. Apesar de não ser um filme destinado a esse público, há poucos palavrões ou palavras obscenas, fazendo que possa ser um filme para toda a família.
O filme, narrado por Buchecha, acaba sendo uma história de amor entre favela e arte, de parceria e sonhos nunca imagináveis. Mostra o poder da música nas comunidades e como meio transformador na vida dos jovens. Com atuações impecáveis e releituras musicais, “Nosso Sonho” já nasce sendo um clássico do cinema nacional.
O filme estreia dia 21 de setembro, nos cinemas.
"Nosso Sonho"
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