O Twenty One Pilots inundou a timeline dos adoradores de um bom rock alternativo na última sexta-feira (26). Isso porque os artistas prometem encerrar uma década de narrativa com o álbum “Clancy”, iniciada no álbum “Blurryface”, o quarto álbum de estúdio da dupla, lançado em 2015.
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Desta vez, Tyler Joseph e Josh Dun passeiam por uma longa trajetória percorrida. Na produção, ambos refletem sobre o tempo e conscientizam, ainda mais, sobre a saúde mental. Este é um ponto focal da discografia do “TOP”, como é conhecido pelos seus fãs.
O álbum “Clancy”
No início, reouvimos os singles recém chegados: Overcompensate, Next Semester e Backslide. Respectivamente, a primeira canção aborda questões de aborda questões de luta interna, a busca por identidade e o esforço para se adequar ou superar expectativas. Na sequência conhecemos a sensação de ansiedade e a pressão associada à transição para uma nova fase da vida. Por fim, Tyler e Josh nos convidam a conhecer a resistência ao admitir o retrocesso pessoal.
A banda é muito boa ao tocar em sentimentos em que ninguém na cena musical está abordado de maneira tão enfática e singular. É como se Tyler cantasse abrisse um livro, onde o ouvinte é o personagem principal. Alguns fragmentos da música tocam nossos ouvidos com maestria, o que faz nos sentir parte da história.
A canção “Midwest Indigo” é uma busca pela conexão em um ambiente que parece perpetuamente frio. Esta, talvez, seja a música que mais transparece o álbum por completo. O pop sintetizado nos leva há algum episódio de Stranger Things, conexão esta que a banda já teve no passado – mas não passar de uma referência há um pop 2000, claro.
Desafios noturnos? Temos.
Na sequência, é hora de explorar os desafios noturnos com ‘Routines In The Night’, onde Tyler apresenta sua mente tortuosa que vem à tona enquanto o mundo dorme. Essa é mais uma das faixas onde o vocalista canta sobre seu atormento acompanhado de uma deliciosa trilha, a qual nos pega para ser um canção mais chiclete. Em certo momento, nem parece que estamos cantando sobre noites mal dormidas e o que elas acarretam.
Percorrendo pelo álbum, encontramos a saudosa sensação de desespero em “Vingnette”. Além disso, Tyler aposta no amor em ‘The Craving (Jenna’s Version)’ onde o eu lírico reflete sobre como ele próprio se sabota.
Como nem tudo precisa ser perfeito, “Navigating” é uma deliciosa música para começar aquele filme da Sessão da Tarde. Porém, não deixa seu propósito de lado. De novo, nos vemos em um filme dos anos 2000. Aqui, ouvimos sobre mentes paralisadas por medos e ansiedades.
Twenty One Pilots: Clancy é o fim?
Contudo, é em “Paladin Strait” que está o nosso ponto focal. A faixa parece acentuar a fuga e confronto dentro do universo criado pela banda. Embora, não tenha um clipe para chamar de seu. Este será publicado somente em junho.
Além disso, a faixa fala sobre ciclos repetitivos de sua saúde mental. Podemos levantar uma teoria sobre como esse momento pode se encaixar com Blurryface e tudo se tornar um grande ciclo vicioso, como reflete a música. “Aqui está minha chance, hora de aproveitá-la”, canta Tyler sobre o que está por vir e enfatiza o momento com “Confio em meu instinto”. Em meio a uma batalha ensaiada, Clancy está longe de chegar ao fim.
Por fim, Twenty One Pilots encerra sua trajetória de discografia em de uma forma sólida. Longe do fim da banda, agora nos resta saber qual será os próximos passos da banda. Embora, este fim de temporada tenha um gostinho de “vem aí” muito promissor ainda.
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