Na madrugada de sexta-feira (14), Cacá Diegues faleceu enquanto estava internado e se preparava para uma cirurgia em um hospital do Rio de Janeiro. O cineasta não resistiu a complicações cardiocirculatórias.
O velório está previsto para sábado (15), na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde o diretor ocupava a sétima cadeira como imortal. Em seu legado, ficam mais de 20 filmes, entre eles os mais premiados, como “Xica da Silva“, “Deus é Brasileiro“, “Bye Bye Brasil” e “Tieta do Agreste“.
O Cinema Novo de Cacá Diegues
Junto a Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros cineastas, Cacá Diegues deu um novo sentido ao cinema, que logo se tornou uma referência cultural para o país. O movimento do Cinema Novo rompeu com os costumes caricatos no cinema da época.
Mas ao lado do movimento, Carlos Diegues trouxe uma maior visibilidade para a cultura afro-brasileira com os filmes “Ganga Zumba“(1964) e “Xica da Silva” (1976). Nessas obras, encontramos elementos característicos do Cinema Novo, como a crítica social, a valorização da cultura popular e a busca por uma identidade autêntica para o Brasil.
Com protagonismo brasileiro e o toque ainda amador e inventivo da época, Cacá presenteou o mundo com boas histórias e enredos inovadores para sua geração, mantendo sua relevância até os dias atuais. Não é à toa que o diretor conquistou prêmios por sua contribuição ao cinema, como:
- Prêmio Golden Reel de Contribuição ao Cinema Latino-Americano (Festival de Miami)
- Troféu Eduardo Abelin (Festival de Gramado)
- Troféu Gloria, Lifetime Achievement Award (Chicago)
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