Ben Mendes critica suposto uso indevido de vídeos por Brino: “Parasita”

Apresentador acusa criador de conteúdo de lucrar com reações a reportagens do programa sem compartilhar lucros de visualizações
Montagem dividida ao meio. À esquerda, Ben Mendes aparece de terno marrom, gravata cinza e expressão séria, segurando um celular como gravador, em frente a um prédio espelhado com jardim. À direita, o youtuber Brino está em um estúdio escuro, usando touca preta com a palavra "Supreme", fones de ouvido rosa e moletom preto, falando em um microfone profissional com expressão descontraída.
Foto: Reprodução/Youtube e Twitch

O apresentador Ben Mendes, da Ronda do Consumidor, fez duras críticas ao youtuber Brino (Bruno), que possui mais de 6 milhões de inscritos. Em vídeo publicado nesta semana, Ben classificou o influenciador como um “parasita”. A acusação veio após a constatação de que o canal de Brino estaria lucrando com vídeos de reação às reportagens do programa sem repassar qualquer valor ou sequer pedir permissão.

O vídeo foi gravado no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Ben iniciou explicando o conceito biológico de parasitismo: uma relação em que um ser vivo retira recursos de outro, causando prejuízo ao hospedeiro.
Com isso, ele introduziu o tema:

“Não estou falando de lombrigas ou ancilóstomos. Estou falando de um senhor chamado Brino. Ou Bruno. Ou Parasita. Do jeito que vocês quiserem chamar.”


Uso sem autorização do conteúdo e modelo de negócio

Segundo o apresentador, Brino começou a fazer vídeos de “react” utilizando o conteúdo da Ronda do Consumidor. Isso ocorreu sem qualquer tipo de autorização. Com o tempo, Ben percebeu afirma que as reportagens estavam sendo transformadas em entretenimento para monetização.

Ele também diz que os vídeos reagidos por Brino passaram a ter mais audiência do que os originais. Além disso, alega que isso afetou diretamente a relevância do canal da Ronda, prejudicando a visibilidade do jornalismo feito pela equipe.


Comparação com outros programas

Ben revelou que Brino tem acordos comerciais com outras produções, como Pesadelo na Cozinha. Nesse caso, o youtuber divide 50% dos lucros com os produtores originais. No entanto, segundo Ben, quando a mesma proposta foi feita em nome da Ronda, Brino teria se recusado.

“Se ele gostasse do nosso trabalho, faria conosco o mesmo que faz com os outros. Mas não. Ele só quer lucrar em cima da gente.”


Reação de Brino e suposta ameaça

O vídeo também exibe áudios enviados por Brino e mensagens trocadas com seu advogado. Em uma delas, o youtuber sugere retirar os vídeos do canal. No entanto, ele argumenta que isso poderia gerar um “efeito negativo” ao precisar explicar a retirada ao público.

Para Ben, essa fala representa uma ameaça indireta:

“Ele me ameaça veladamente. Diz que vai explicar pro público que foi porque pedimos uma parte da monetização. Isso não é transparência, é chantagem.”


Críticas ao comportamento e à postura ética

Ben ainda criticou a forma como o advogado de Brino desmereceu a Ronda do Consumidor, ao compará-la negativamente com programas de emissoras tradicionais.

“O senhor acha que nosso trabalho não é digno de remuneração porque não é de uma grande produtora? O senhor está tentando nos escravizar.”

O apresentador também relembrou o caso do streamer Casimiro, que parou de reagir aos vídeos da Ronda quando percebeu que isso estava desviando o público do canal original. Com isso, para Ben, essa atitude foi ética. Já Brino, segundo ele, teria feito justamente o oposto.

Por fim, Ben Mendes reforça que o canal da Ronda do Consumidor continuará ativo e engajado na defesa dos consumidores. Ele afirma que, caso Brino não faça o repasse justo, a questão será resolvida na Justiça.

“A Honda não precisa de favor. Precisa de justiça. Se for preciso, a gente se encontra no tribunal.”

Contundo, até o momento, Brino não se manifestou publicamente sobre as acusações.


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