O tão aguardando filme de Five Nights at Freddy’s estreou no final de outubro. A franquia que já possui livros e jogos idealizados por Scott Cawthon agora aposta numa possível sequência de filmes baseada em sua história. Ambientada na Fazbear Pizzaria, o local é dominado por bonecos assombrados que infernizam a vida de vigias noturnos.
O titulo é produzido pela Blumhouse, que é famosa por criar filmes de terror como “Sobrenatural” e o filme “ Fragmentado”. Além disso, é dirigido por Emma Tammi que também faz uma carreira no terror estadunidense.
Existe familiaridade a qualquer um que seja fã da franquia de jogos e dê uma chance ao filme, mesmo que de uma maneira estranha ao início. Referências estão presentes no cenário ao redor da pizzaria, nos créditos do filme como até mesmo nos nomes dos personagens.
Abby, irmã do segurança Mike, é um anacrônico de “Baby” e um dos icônicos animatronics do Sister Location e isso já planta o gostinho que qualquer um dos jogadores fanáticos tem por criar teorias sobre até onde o filme pode fazer adaptações ou até mesmo propiciar uma nova versão mais intrigante e detalhada do projeto idealizado por Scott.
Dando foco no roteiro a partir daqui é notável como a diretora busca valorizar as 5 noites em seu filme, sendo experimentalista ao tornar o período noturno fantasioso e lúdico enquanto os dias são mais tediosos e até mesmo melancólicos, trazendo pouco conteúdo realmente relevante na trama.
E quando me refiro à história estou de fato dando ênfase quê, Five nights at Freddy’s: pesadelo sem fim não é um terror que tem por principal intuito estar nos seus sonhos de maneira assustadora como supõe seu título. Ele até tenta, mas acaba acertando em provocar uma agonia sobre o que realmente essa história quer contar.
No entanto vale ressaltar que para um primeiro filme, a impressão de introdução ficou em foco por muito tempo, dando uma sensação de que o próximo filme poderia trazer um “q” a mais nos quesitos de horror equilibrado com a trama.
Percebe-se essa característica a partir do momento que muitas cenas são paradas dentro da nova proposta dos sonhos, algo não presente nos jogos e que tenta trazer uma nova perspectiva e sentido à história mas falha ao apresentar poucos detalhes e apelar demais para a interpretação, fórmula que é usada em muitos outros pontos do filme que acaba o deixando mal explicado, sendo uma receita que costuma a só funcionar dentro de uma jogabilidade do que dentro de um filme.
Outra questão que deve ser ressaltada dentro dessa estratégia de interpretações é a exacerbada maneira de confundir o que é uma trama de jogo do que é uma trama de filme e dentro disso criar o grande clichê de apostar em sequências mais rentáveis, afinal se as motivações do vilão Wiliam Afton ou até mesmo a dinâmica das crianças assombradas e assassinas não forem bem trabalhadas em obras futuras, a realidade será uma grande decadência do que poderia ser a história da Fazbear Pizzaria.
Five nights at Freddy’s: Pesadelo sem fim é um filme que claramente se preocupa mais com os consumidores dos games e desgastante para quem está conhecendo no cinema. Por outro lado, Um ponto positivo em sua produção é o uso de animatronics reais ao invés de um CGI duvidoso que nos propícia algumas poucas cenas interessantes e assustadores.
Um exemplo disso é ver a ingenuidade as crianças mortas brincando em seus animatronics do que a forma como essas mesmas crianças fazem vítimas dentro da pizzaria, sendo um terror leve que no mínimo “Homenageia” a letalidade do Slasher
E chegando ao final temos uma conclusão feliz, mesmo com personagens não tão desenvolvidos, sem muitas mudanças nos visuais ou no que se estipulava do horror que até então deixa a entender que apostará totalmente em sua sequência, ou numa versão estendida de sustos do Balloon Boy.
Five Nights at Freddy's : Pesadelo sem fim
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