Nos últimos meses, os bebês reborn, bonecos ultrarrealistas que imitam recém-nascidos, conquistaram espaço nas redes sociais, especialmente no Brasil. Vídeos de “partos” encenados, rotinas de cuidados e encontros de colecionadoras viralizaram, despertando curiosidade e levantando debates sobre uma prática que mistura arte, afeto e, em alguns casos, terapia.
O que são bebês reborn?
O termo “reborn”, do inglês, significa “renascido”. No universo dessas bonecas, a palavra se refere ao processo de transformar um boneco comum em uma representação extremamente realista de um bebê.
O “reborning” envolve várias etapas detalhadas, como pintura em camadas, aplicação de veios sanguíneos, implantação de cabelos fio a fio e adição de peso para simular o de um recém-nascido.
Inicialmente, a arte dos bebês reborn surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando mães inglesas reformavam bonecas antigas para presentear suas filhas. Contudo, foi nos anos 1990 que a prática se popularizou, especialmente nos Estados Unidos, com a venda dos modelos pela internet.
Por que estão viralizando?
Nos últimos tempos, vídeos que mostram “partos” de bebês reborn e rotinas de cuidados com os bonecos ganharam força nas redes sociais.
Influenciadoras digitais registram trocas de fraldas, mamadas e passeios com seus “filhos” reborn, acumulando milhares de visualizações e novos seguidores.
O preço dos bonecos varia bastante. Dependendo da técnica usada na produção, os valores vão de R$ 300 até cerca de R$ 3 mil.
Um dos exemplos recentes da popularidade foi o encontro de colecionadoras no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O evento reuniu dezenas de fãs e seus bebês reborn, muitos vestidos com fantasias temáticas. Sorteios e concursos fizeram parte da programação, mostrando a força da comunidade que cresce em torno do hobby.
Além do hobby: função terapêutica
Para muita gente, o bebê reborn não é apenas um item de coleção. Ele também serve como ferramenta terapêutica para quem enfrenta luto, depressão ou ansiedade. Cuidar do boneco pode ajudar a trazer conforto emocional e a resgatar o senso de propósito.
Algumas pessoas encomendam bebês reborn personalizados para que se pareçam com filhos reais, como forma de homenagem ou superação de perdas. É possível escolher características como cor dos olhos, tipo de cabelo e peso.
A hashtag #maedereborn já soma milhões de visualizações e reflete tanto o carinho dos admiradores quanto as críticas de quem estranha a prática. Para quem adota a ideia, é uma maneira simbólica e artística de viver a maternidade.
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